terça-feira, 30 de novembro de 2010

Criatividade...

Havia um criador de galinhas cujo sítio ficava sempre inundado na época das chuvas. Embora as enchentes causassem enormes prejuízos, ele se recusava a sair dali. Quando as águas subiam e alagavam o galinheiro, ele corria para colocar as galinhas num lugar mais alto. Às vezes, ele não conseguia fazer isso a tempo e centenas de galinhas morriam afogadas.
Certa vez, cansado de sofrer tantas perdas por causa das enchentes, ele entrou em casa e falou à esposa, a voz carregada de desespero:
- Já chega! Não tenho como comprar outro sítio, e também não tenho como vender este. Não sei o que fazer.
- Troque as galinhas por patos! Retrucou a mulher calmamente.
Todo mundo enfrenta problemas. A capacidade de encontrar soluções criativas para eles é que determina o sucesso ou o fracasso em cada situação. O ideograma chinês para crise significa “perigo”, mas também quer dizer “oportunidade”. A adversidade deverá ter o efeito de despertar talentos que, em circunstâncias favoráveis, permaneceriam adormecidas.

Opnião.

Meu pai ensinou-me a tratar os outros da melhor maneira possível, mesmo quando elas não agem assim comigo. Ele era administrador de uma faculdade, e lembro de uma pessoa que perguntou o que ele achava de um homem que vivia em nossa comunidade.
Meu pai respondeu:
- Acho uma boa pessoa.
- Bem, seria bom o senhor ouvir o que ele fala a seu respeito, comentou aquele membro da faculdade, que começou a descrever que o tal homem havia dito do meu pai. O que o senhor tem a dizer sobre o assunto agora?
- Já disse a você. Acho que ele é uma boa pessoa
- Mesmo depois do que ele falou a seu respeito?
- Você me perguntou o que eu achava dele, não o que ele achava de mim.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Advogado muito bom

Na cidade havia um senhor cujo apelido era Cabeçudo. Nascera com uma cabeça grande, dessas cuja boina dá pra botar dentro, fácil, fácil, uma dúzia de Laranjas.
Mas fora isso, era um cara pacato, bonachão e paciente. Não gostava, é claro, de ser chamado de Cabeçudo, mas desde os tempos do grupo escolar, tinha um chato que não perdoava. Onde quer que o encontrasse, lhe dava um tapa na cabeça e perguntava:
- Tudo bom, Cabeçudo?
O Cabeçudo, já com seus quarenta e poucos anos, e o cara sempre zombando dele.
Um dia, depois do milésimo tapão na sua cabeça, o Cabeçudo meteu a faca no zombeteiro e matou-o na hora. A família da vítima era rica; a do Cabeçudo, pobre.
Não houve jeito de encontrar um advogado para defendê-lo, pois o crime tinha
muitas testemunhas.

Depois de apelarem para advogados de Minas e do Rio, sem sucesso algum, resolveram procurar um tal de 'Zé Caneado', advogado que há muito tempo deixara a profissão, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre.

Pois não é que o 'Zé Caneado' aceitou o caso? Passou a semana anterior ao julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca!

Na hora de defender o Cabeçudo, ele começou a sua peroração assim:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri....

Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri....

Repetiu a frase mais uma vez e foi advertido pelo juiz:
- Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.

Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu e:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri....

E o promotor:
- A defesa está tentando ridicularizar esta corte!

O juiz:
- Advirto ao advogado de defesa que se não apresentar imediatamente os seus argumentos...

Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri....

O juiz não aguentou:
- Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a Justiça é motivo de zombaria?

Ponha-se daqui para fora antes que eu mande prendê-lo.
Foi então que o Zé Caneado disse:

- Senhoras e Senhores jurados, esta Côrte chegou ao ponto em que eu queria chegar...

Vejam que: se apenas por repetir algumas vezes que o juiz é meritíssimo, que o promotor é honrado e que os membros do júri são dignos, todos perdem a paciência, consideram-se ofendidos e me ameaçam de prisão..., pensem então na situação deste pobre homem, que durante quarenta anos, todos os dias da sua vida, foi chamado de Cabeçudo!
Cabeçudo foi absolvido e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.

Moral da história:
'Mais vale um 'Bêbado Inteligente' do que um 'Alcoólatra Anônimo!'

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Poema de Benjamin Constant


"(...) Todo sentimento precisa de um passado pra existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que a pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."